ATA NOTORIAL

MEMORIAL DE RAZÕES PESSOAIS

MARCOS ANTONIO GONÇALVES, brasileiro, casado, administrador de empresa, nascido no dia 03 de Agosto de 1955, DECLARA, para quem possa interessar:
Origem
Provém de família numerosa e pobre, sem escolaridade, em barraco de madeira, em São Miguel Paulista – SP. Começou a trabalhar na infância como ambulante, vendendo sorvete, doces, verduras; foi engraxate e etc.
Não bastasse a miséria em que vivia a família, era ele muito exposto a doenças da infância, desde verminose até “simioto” (popular doença dos símios, do macaco).
A família numerosa, composta de oito (8) irmãos, sendo o Marcos o segundo em idade. O terceiro filho em idade, João Batista, o causador da fundação da AVAPE, nascido em 19 de Janeiro de 1959, adquiriu “anóxia”, deficiência das funções cerebrais, acometida no nascimento (o parto durou 24 horas, com mais de 5 quilos de peso), mal esse que o acompanhará até o fim da vida.
Seu pai sofreu o primeiro enfarte em 1969, quando Marcos estava com treze anos de idade. A partir daí, Marcos começou a assumir a curadoria do irmão João, fato que veio somar-se às dificuldades que Marcos já experimentava.
Em 1975, cinco anos depois, faleceu seu pai deixando, ao relento e despreparados para a vida, os oito filhos. Então, por extrema necessidade, Marcos, mesmo sem o saber, tornou-se arrimo de família, com todas as consequências. A mãe de Marcos não assumiu a família e não aceitava o filho João.
Daquela data em diante, Marcos trouxe o irmão João para sua residência, um cômodo, sem banheiro, sem reboco, sem piso, construído com as próprias mãos, com a ajuda do irmão João, no Jardim Anchieta, em Mauá. Marcos não tinha conhecimento algum, para enfrentar a doença do irmão, tendo de socorrer-se de amigos e outras pessoas que viviam a sua experiência.
Portador de espírito irrequieto, superativo, Marcos, ainda em tenra idade, envolveu-se com atividade sindical, defendendo a classe dos metalúrgicos. Nessa lida, sofreu todas as pressões e perseguições dos patrões e do Poder político de sua época. De 1978 a 1985, foi preso por diversas vezes, em cumprimento das determinações do regime militar que dirigia o Brasil
Ainda em razão de sua luta sindical, comandou a comissão de greve nas empresas em que trabalhou, sofrendo demissões por justa causa.
É nesse movimento de massa, em 1979, que Marcos conhece outros operários que possuíam parentes com deficiência. Marcos, já com espírito de liderança
bem treinado, provocou reunião de todos os interessados em amenizar os problemas com seus parentes com deficiência e nasce, em 1982, o embrião da AVAPE .
A Volkswagen do Brasil, eternos agradecimentos, emprestou todo o apoio necessário ao movimento que nascia. As reuniões dos interessados eram feitas em local cedido pela Fábrica. Somando-se ao apoio emprestado pela Volkswagen, esse movimento recebeu, ainda, valiosíssima ajuda da Sra. Maria Teresa Di Santi, na época exercia cargo de assistente social na fábrica.
A partir de 1982, institucionalizada a AVAPE, com esse nome, passou ela a negociar com as fábricas, a colocação de seus assistidos, em serviços mais simples, ao alcance de suas capacidades. Assim, os assistidos começaram a servir à Volkswagen, nas bancas de jornais, nas cantinas, também em digitação e outras áreas administrativas. Estava, aí, delineada a vocação da AVAPE, para a independência financeira, sendo de alta valia a contribuição de pessoas que animaram a AVAPE desde essa época, dentre as quais merecem destaque, o Sr. Carlos Roberto Boschetti; Dr. Jaci Mendonça; Sr. Wolfgand Sauer e outros tantos.
Paralelamente às atividades da Avape, Marcos era um profissional, ferramenteiro, membro da comissão de representantes dos empregados, junto ao Sindicato da categoria. Ainda nessa época, o gênio de Marcos, ainda com pouca idade e experiência da vida, fundou a Associação dos Mutuários de São Bernardo do Campo, que reunia os devedores do antigo BNH que haviam comprado imóvel financiado pelo sistema nacional da habitação. Em seguida, fundou igual associação com alcance em todo o Estado de São Paulo.
Em 1985, cumulou, Marcos, sua participação nas entidades que havia fundado, fazendo nascer uma nova espécie de movimento popular, que foi a Cooperativa de Crédito dos Empregados da Volkswagen do Brasil SA..
Essa cooperativa captava poupança de seus associados, remunerando-os com taxa privilegiada, maior que a paga pelos bancos, na época e emprestava esse capital aos associados, com taxa de remuneração também menores que as praticadas no mercado.
A ideia foi tão bem que incorporou empregados da Ford, ampliando consideravelmente seu serviço, momento em que aquela cooperativa passou a se chamar Credi-Latina, entidade que ostenta bons serviços até hoje.
Com sua notória liderança no meio, Marcos foi convidado por um grupo de filiados da Cooperativa de Consumo dos Empregados da Volkswagen, na época uma das maiores cooperativas do Brasil, para integrar a equipe de interventores. Aceitou o encargo e somou mais essa atividade. Nessa função, ajudou a promover a limpeza e saneamento da Cooperativa, mandando processar dirigentes depostos, que haviam lesado o patrimônio da entidade.
Essa equipe e o movimento da intervenção recebeu, na época, aberto apoio da Volkswagen do Brasil, que foi fundamental para o trabalho de saneamento. Essa equipe limpou a entidade e organizou eleições livres, que foi bem realizada, em que foi eleito o Sr. Cláudio Schöwe.
Com todas essas atividades, a Avape cresceu espantosamente, nos anos de 1985 a 1988, abrindo novas unidades de assistência, uma em Riacho Grande, São Bernardo do Campo; uma na Zona Leste, São Paulo; uma em Taubaté e tantas outras, dedicadas ao estreitamento da relação entre os assistidos e as empresas, objetivando colocações para prestação de serviços.
Em 1985, Marcos foi desligado, dramaticamente, de seu emprego na Volkswagen do Brasil, por causa direta do exercício de sua destacada liderança no meio dos trabalhadores. Marcos, com isso, ganhou liberdade por inteiro e entregou-se de corpo e alma para a Avape, em período integral, sem fins de semana, sem feriados, sem férias.
Em 1988, Marcos coordenou o Movimento Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, movimento que elaborou 23 propostas de Emenda Constitucional, que Marcos entregou pessoalmente à mesa diretora da Comissão Constituinte. Nessa ocasião, Marcos estava acompanhado do Sr. Cavalcanti, presidente da Associação dos Funcionários da Eletropaulo.
Nesse mesmo período, Marcos ajudou na formação de dezenas de entidades assistenciais, como exemplo, APABB (Associação de Pais e Amigos dos Funcionários do Banco do Brasil); APABEX (Assoc. de Pais e Amigos dos Funcionários do Banespa); AME (Associação de Pais e Amigos dos Funcionários do Metrô) e outras entidades, com esse mesmo objetivo, no Pais inteiro, que receberam a ajuda do Marcos, na elaboração de seus atos institucionais e ordenação de seu funcionamento.
Devemos adicionar a criação do IES – Instituto de Empreendedorismo Social – que visa capacitação das entidades, numa nova visão de auto sustentabilidade na gestão de seus recursos e negócios, na realização do objetivo de cada uma.
Outra entidade criada por Marcos foi o Instituto Via-Viva, que desenvolve reciclagem de material descartado, infundindo nova visão de sustentabilidade, com o reaproveitamento do material reciclado, que passa a integrar outros produtos, como sua matéria prima, como por exemplo, o reaproveitamento de pneus descartados que, depois de moídos, integram o concreto ecológico, tendo sido aproveitados em obras do Metro, em barreiras rodoviárias, agências bancárias, etc.
Com Marcos dedicado por inteiro, a Avape experimentou fabulosa ampliação, criando dezenas de unidades, buscando mais serviços para alocação de seus assistidos e aumentando sua boa fama no meio industrial, meio esse que passou a ver, na Avape, uma solução na absorção das cotas de empregabilidade da pessoa com deficiência, bem como, para a empresa contratante, a construção de uma boa imagem. A AVAPE colocou mais de 30
mil pessoas com deficiências no mercado de trabalho, pessoas essas advindas das centenas de milhares de assistidos.
Durante esse período, pós 1988, Marcos fundou e participou de outras tantas entidades, tais como, o Forum da Cidadania do Grande ABC, entidade essa que logrou reunir mais de 110 entidades da sociedade civil organizada, por exemplo, OABs; Ass. Comerciais; Ciesps; Sindicatos patronais e de empregados; entidades ambientalistas; entidades assistenciais e tantas outras.
Enquanto presidente desse Forum, dirigiu ações, objetivando regionalização da saúde, equacionamento do lixo urbano de forma regionalizada, redução da criminalidade no Grande ABC. Também foi criada a Câmara Regional de desenvolvimento sustentável do Grande ABC., que tinha o Governador Mario Covas como presidente de honra, tinha Celso Daniel (dois amigos pessoais de Marcos) como coordenador executivo da Câmara, tinha como atribuição representar todos os prefeitos das sete cidades que compõem a região. Marcos, com assento na Mesa Diretora da Câmara, tinha por atribuição coordenar toda sociedade civil da região. E foi criada, ainda, a Agência de Desenvolvimento Regional, braço executivo das ações articuladas pela Câmara de Desenvolvimento Regional. Este modelo de gestão compartilhada, foi pioneiro no País e hoje se estende por todo o País.
Em 1997, na gestão de Marcos, esse Forum estudou e propôs diversas soluções para aprimoramento das funções governativas em nível nacional.
Esse fórum lançou a campanha “vote no grande ABC”, como forma de educação do eleitor, fazendo-o focar, primeiramente, sua região. De sua autoria é, ainda, a Campanha de Avaliação dos Vereadores da região, chamada “Raio X das Câmaras”. Propôs também, melhorias na gestão das atividades do Poder Judiciário, como a informatização de seus serviços; controle externo do Poder Judiciário, dentre outras propostas. Todas essas iniciativas frutificaram, graças ao apoio incondicional do jornal Diário do Grande ABC, da revista Livre Mercado e outros veículos de comunicação.
Nesse período a Avape foi eleita “A Marca do Século”; Marcos foi eleito o “Empreendedor Social do Ano” e, ano seguinte, eleito o “Executivo do Ano”. Recebeu, Marcos, ainda, o titulo de “Imortal do ABC”, titulo concedido a 50 pessoas da região.
Marcos, nessa época, foi eleito Vice-Presidente Nacional da Federação Brasileira das Entidades de Assistência a Pessoas com Deficiência, substituindo o presidente José Carlos (presidente também da Fono), em sua licença. No exercício desse cargo, participou, em Brasília, de diversos Conselhos, ex-Conselho Nacional de Direitos da Pessoa com Deficiência (CONADE); do Conselho Nacional de Saúde; e do Conselho Nacional de Assistência Social-CNAS, órgão publico, integrante do Ministério de Assistência Social.
Exercendo tantas funções sociais, por tantos anos, suas atividades intelectuais beneficiaram milhões de pessoas pelo Brasil afora, como exemplo, Marcos relata com orgulho, que o SUAS (Sistema Único de Assistência Social), teve a sua participação no planejamento estratégico, no seu nascedouro, fato que muito o honra.
A AVAPE, fundada em 1982, conta algumas décadas de existência. Em sua já longa vida, tem registros de muitas crises. Crise financeira, crise institucional, crise de confiança, crises políticas, e outras mais. Até 2013, a entidade se defrontou com muitas crises. Marcos superou todas as crises anteriores e não interrompeu o crescimento da Avape.
Quem se lembra da crise de 1985? Em que condições e para que finalidade o Marcos foi convidado a dirigir a Avape ? Em 1985, o Conselho Deliberativo destituiu toda diretoria também por rusgas pessoais, internas. Marcos assumiu a Avape, constituiu novos dirigentes e deu continuidade à entidade.
Quem se lembra da crise de 1990 ? O presidente Collor de Mello bloqueou o saldo bancário da Avape e de todos os brasileiros. Marcos teve de deslocar-se até Brasilia, para obter documentos que demonstrassem atividade filantrópica, para que o dinheiro fosse liberado. Enquanto não liberado o dinheiro bloqueado, Marcos procurou e obteve empréstimos externos, dando em garantia patrimônio próprio e de outros conselheiros.
Quem não se lembra da crise de 1994 ?
Quem não se lembra da crise de 2000?
Idem da crise de 2006 ?
Idem da crise de 2008 (crise mundial)?
A crise de 2008 ainda não foi debelada e todo o planeta está sentindo, ainda, seus efeitos.
Em todas as crises e dificuldades por que passou a Avape, apareceram dossiês acusatórios, reflexo de interesses pessoais e agendas ocultas.
Essa crise abortou alguns projetos valiosos para a Avape, dentre os quais, destacamos: Projeto do BID – projeto Um Milhão de Amigos – projeto BNDS – escola Celso Charuri – PRO VIDA, dentre outros.
É importante saber que todas as CRISES, foram enfrentadas com garbo, por Marcos Gonçalves. Crises essas que nasceram e se encerraram além das paredes da sede da AVAPE. Foram crises financeiras, crises sociais de âmbito nacional, que se projetaram sobre a AVAPE e foram superadas com sabedoria.
Como vimos, cérebro fértil, incansável na busca do soerguimento da Nação brasileira, fundou e dirigiu muitas entidades de fins sociais e fê-las prosperar, todas elas, propiciando-lhes um avantajado movimento financeiro. A AVAPE foi a entidade mais beneficiada por sua gestão. AVAPE movimentou,
enquanto sob o comando de Marcos Gonçalves, mais de cinco (5) bilhões de reais. A AVAPE realizava orçamento de mais de duzentos e cinquenta milhões (250.000.000) de reais, no exercício de 2013, quando Marcos a entregou a seus sucessores.
A SUBVERSÃO
Esse relato quantifica a OBRA do referido Marcos. Entretanto, todo esse feito é visto, após sua saída em 2013, como erro, como maldade, como exploração, cometidos por Marcos.
A grandeza da obra foi pervertida por pessoas desprovidas de talentos e caráter e, mais, toda a colheita que a OBRA produziu, tem seu significado invertido, é descrito como fazer SEM VIRTUDE.
Esses espíritos acham de sustentar, nessa Obra, assaques e acusações inverídicas, infundadas e desprovidas de provas, que lançam contra Marcos e sua família, especialmente sua esposa, Dra. Sylvia Cury. Dra. Sylvia ingressou na assistência social muito jovem e acompanhou o Marcos por três décadas, ocupando-se integralmente, com a assistência social de pessoas com deficiências.
Com a saída de Marcos, em 2013, Sylvia saiu também, contra sua vontade e até mesmo agredida moralmente pelos sucessores de Marcos.
Com a saída da AVAPE, em 2013, depois de quatro décadas de dedicação integral a ela, Marcos se fechou no seu domínio, nos seus inventos e desenvolve máquinas para varias finalidades e, basicamente, com capital ZERO, porque nunca teve vantagens pessoais na AVAPE e não podia exercer atividade extra por absoluta falta de tempo, eis que a AVAPE lhe consumia 20 horas diárias.
Muito importante frisar que ao deixar o comando da entidade esta cumpriu com todas as suas obrigações com milhares de empregados , fornecedores, bancos e todo ano inaugurava duas novas entidades. E agora tudo se acabou, por incompetência de seus sucessores.
Marcos saiu da AVAPE sem qualquer patrimônio, sem direitos, sem emprego, sem aposentadoria, sem saldo de salário, sem verbas rescisórias. Nem contrato de trabalho havia ligando Marcos à AVAPE. ESSE QUADRO CONTRASTA FIDAGALMENTE, COM A SITUAÇÃO VIVIDA POR MARCOS, CUJA VIDA LHE COLOCOU À DISPOSIÇÃO, PARA ADMINISTRAR, VALORES MONETÁRIOS EXPRESSIVOS, QUE SOMARAM MAIS DE DEZ BILHÕES DE REAIS.
Cinco anos se passaram dessa separação e ainda não foi possível, ao Marcos, harmonizar sua vida e afugentar seus problemas financeiros, ficando sem plano de saúde, sem patrocínio de escola para os filhos, sem casa para morar, sem automóvel e sem tantas coisas que compõem a dignidade humana, na vida moderna.
Como se pode supor, Marcos e família, estão amargando acusações judiciais e policiais, com ataques à esposa, com bloqueio de seus saldos de salário, bloqueio dos bens de herança da Dra. Sylvia (deixados pelo passamento de seu genitor e de sua genitora).
A micro empresa de Marcos e Dra. Sylvia, onde Marcos desenvolve seus inventos, inventos esses que um dia se converterão em riqueza, além de agredida pelos “inimigos do alheio”, vive também atazanada com bloqueios judiciais por ações que, propostas contra a AVAPE, são executadas contra o casal.
Eis a vida do casal exposta a quem possa interessar. Neste momento, o casal, que sofreu e sofre muitas coisas que não foram descritas, ROGAM POR JUSTIÇA somente.

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